DOSSIE VOLUME 2
O grupo foi formado em 1977, por Arnaldo Baptista. Além de Arnaldo a banda também contava com: John Flavin na guitarra, Rolando Castello Júnior na bateria e Osvaldo 'Cokinho' Gennari, no baixo. Desse período ficou o registro do disco "Elo Perdido", que só iria chegar ao conhecimento do público mais de uma década depois.
Os músicos ensaiaram por 30 ou 40 dias seguidos, e já com Eduardo 'Dudu' Chermont no lugar de Flavin, a banda fez sua estréia no dia 17 de setembro com um show no ginásio do 'Ibirapuera' para um público de 8.000 pessoas.
Em 28 de maio de 1978, após muitos shows por diversas cidades do Brasil, Arnaldo decidiu largar a banda. Sua saída causou grande transtorno ao grupo, não só porque o músico era o principal cantor e compositor, mas também devido à banda estar com muitos compromissos a cumprir dentro de poucos dias. A saída foi colocar Eduardo Chermont para fazer os vocais e resgatar antigas composições das outras bandas das quais os músicos haviam participado antes de ingressarem na "Patrulha".
Durante os dez dias de frenéticos ensaios, muitos amigos 'pintaram' para dar uma ajuda e entre eles apareceu Percy Weiss, ex-vocalista do "Made In Brazil". Quando a banda percebeu, o vocalista já era um 'patrulheiro' oficial.
No dia 8 de julho de de 1978, a nova "Patrulha" fez sua estréia no Ginásio de Esportes de Sorocaba.
Após alguns meses com essa nova formação, os desentendimentos com o vocalista Percy começaram a aparecer. A banda ainda tentou segurar a barra trazendo Walter Baillot (ex-"Joelho de Porco") para a segunda guitarra. Mesmo assim, as coisas não renderam e no dia 16 de abril de 1979 o grupo fez seu último show com Percy e Walter, no teatro 'Pixinguinha'. Após sua saída, Percy voltou ao "Made In Brazil". Porém, nem a amizade e muito menos a história do vocalista na "Patrulha" ainda haviam acabado.
Ainda em 1979, a banda entrou em estúdio para a gravação do seu primeiro disco. Logo no início das gravações, 'Dudu' apresentou alguns problemas com a voz e o velho amigo Percy Weiss, que havia aparecido no estúdio como que por mágica, acabou incumbido de colocar as vozes na maioria das canções.
Para o lançamento do Lp, a banda iniciou uma grande turnê pelo sul do país, algumas cidades do estado de São Paulo e também por algumas cidades da Argentina. Desencontros, problemas e falsas promessas da produção Porteña, resultaram na perda das fitas master com todo o primeiro trabalho da banda e demais materiais. A partir daí a turnê dos sonhos acabou se transformando em um verdadeiro pesadelo. Isso provocou um enorme rompimento na estrutura da banda e por conseqüência um grande afastamento de 'Cokinho' em relação ao grupo. Assim, dois anos após o início da banda, no dia 24 de novembro de 1979, o trio fez seu último show oficial com 'Cokinho'.
Após um tempo, a banda, no início de 1980, convidou Sérgio Santana para assumir o baixo da "Patrulha". Para iniciar a nova década com força total a banda marcou um série de shows no teatro 'Abertura' em São Paulo, onde não poderiam de modo algum cometer qualquer vacilo. Como o grupo ainda não tinha se entrosado completamente com o Sérgio, a saída foi chamar a velho amigo 'Cokinho' para a série de espetáculos. Quatro dias de teatro completamente lotado despediram dignamente o grande 'Cokinho'.
Mais alguns shows foram feitos e a banda resolveu dar um tempo para poder ensaiar e compor com Sérgio Santana. Durante esse tempo a banda acabou resgatando, Deus sabe como, algumas cópias das fitas master do primeiro trabalho e finalmente conseguiu lançar o tão sonhando Lp, exatamente um ano depois da previsão inicial.
Em 1981, a "Patrulha" iniciou as gravações de seu segundo trabalho. As gravações aconteceram nos mesmos moldes do primeiro Lp, ou seja, o mínimo de sessões possíveis foram utilizadas para a gravação do disco. Para esse segundo disco Eduardo Chermont assumiu quase que completamente os vocais da banda, mas a presença de Sérgio Santana como compositor e cantor estava começando a aparecer em temas como "Planet Rock". A grande diferença desse trabalho em relação ao primeiro, é que o grupo finalmente conseguiu fechar um contrato de distribuição e prensagem com uma grande gravadora, o que possibilitou finalmente que o trabalho da "Patrulha" fosse divulgado em todo Brasil.
O restante do ano foi tomado por grandes concertos em todo interior paulista e no lançamento do segundo disco, no ginásio do 'Palmeiras' em 14 de dezembro de 1981.
Em 1982, a "Patrulha" passava por um momento de grandes incertezas quanto ao seu futuro. Apesar da boa distribuição e das excelentes vendas do segundo álbum, a gravadora acabou realizando algumas más negociações e isso acabou não trazendo um retorno financeiro para a banda. A solução encontrada pelo grupo foi a de mais uma vez cair na estrada e tentar angariar fundos para o 3º álbum.
As gravações do que seria conhecido como o 'álbum branco' da "Patrulha" ocorreram nos mesmo moldes dos dois primeiros trabalhos da banda, ou seja, pouquíssimas sessões de estúdio foram gastas para a gravação do disco. O Lp também firmou definitivamente a posição de Sérgio Santana como principal compositor e cantor da banda. Devido aos problemas financeiros acarretados pelo segundo disco, a banda não se encontrava em condições de lançar o álbum de modo totalmente independente e como não poderiam recorrer às grandes gravadoras, já que estas estavam fechadas para o mercado rock'n'roll no país, a saída então foi unir forças ao selo 'Baratos Afins' de propriedade de Luíz Calanca e lançar o álbum de modo meio que independente.
Em 1983, eram fortes os boatos de que o grupo "Van Halen" viria ao Brasil para uma série de shows e que a pedido do próprio "Van Halen" a "Patrulha" estava incumbida de fazer os shows de abertura da banda em São Paulo. Mesmo com todos esses boatos aumentando cada vez mais, devido à proximidade do show, a banda manteve a cabeça fria e continuou achando que nada iria acontecer. No dia 20 de janeiro de 1983, apenas um dia antes do primeiro show do "Van Halen" em São Paulo,
Sérgio Santana e Rolando Castello Júnior quase desmaiaram ao ficaram sabendo que todos os boatos haviam se concretizado e que realmente a "Patrulha" iria abrir os shows do "Van Halen". Nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 1983, a "Patrulha" talvez tenha vivido o 'Grand Momentun' de toda a sua história. Shows que premiaram merecidamente todos os anos de dura batalha e total profissionalismo da banda. Profissionalismo esse que mereceu até elogios do próprio Eddie Van Halen, que fez questão de ir ao camarim da banda para cumprimentá-los pessoalmente.
Após os shows do "Van Halen", a banda não quis perder tempo e conseguiu organizar pela primeira vez a tão sonhada turnê por todo o país. Tudo foi feito do modo mais profissional possível, para que com isso o grupo conseguisse pela primeira vez ter uma divulgação e uma exposição de modo ininterrupto, pelos 4 cantos do Brasil. Porém, um acontecimento trágico obrigaria a banda a parar e a desistir de tudo o que havia sido planejado: Alguns tiros levaram não só o baterista Rolando astelo Júnior para o hospital, mas também levaram todos os sonhos, esperanças e talvez a última grande chance da banda.
Seis meses de sofrimento, recuperação, miséria e esquecimento por parte da mídia se passaram, até que a banda voltasse para a estrada. Durante esse período, a "Patrulha" fez um show no dia 1º de maio de 1983 no 'Heavy Metal', em Santos. Na bateria estava Paulo Tomaz e toda a arrecadação do show foi doada ao baterista Rolando Castello Júnior.
Ainda em 83, de volta à estrada e com sua formação oficial, o grupo realizou um show no clube 'Gran' em Limeira. O show foi o modo escolhido pela banda para arrecadar fundos para a gravação do 4º álbum.
Com o lançamento do disco, ficou claro o controle quase que total de Sérgio Santana nos vocais e na autoria das canções. Isso iniciou (sem que ninguém ainda percebesse) um processo de afastamento definitivo de Eduardo Chermont do grupo. A primeira separação ocorreu durante a turnê que o grupo realizou, após 4 anos, pelo sul do país. Sérgio e Júnior para cumprir com a agenda de shows foram obrigados a chamar Fábio 'Índio' Amaral para a realização de algumas apresentações.
Já de volta a São Paulo e com a paz aparentemente restabelecida, a banda realizou no 'Woodstock Music Hall' o show de lançamento do 4º Lp.
Nos dias 29 e 30 de dezembro de 1983, a "Patrulha", ainda sem saber, fez seus últimos shows com o guitarrista Eduardo Chermont. Com a saída de 'Dudu' a banda não perdeu apenas um grande amigo e guitarrista, mas sim seu ultimo grande 'Momentun'.
No início de 1984, a "Patrulha" estava à procura de um grande guitarrista, e após muita 'batalha', todas as fichas foram depositadas em um guitarrista argentino chamado Horácio. Porém, quis o destino mais uma vez pregar uma peça na banda. Horácio acabou falecendo em um acidente de moto no cruzamento da Avenida 9 de Julho com a Avenida Brasil.
O tempo foi passando e tanto Sérgio Santana quanto Júnior já estavam 'jogando a toalha'. O desânimo e o marasmo cada vez levavam os rapazes a pensar que a "Patrulha" havia pousado de modo definitivo no hangar. Nesse meio, tempo Sérgio ainda conseguiu com que os estúdios 'Mosh' fornecessem algum tempo para que ele, Júnior e Fábio 'Índio' Amaral gravassem uma demo chamada "Tráfego Pesado". Como nada aconteceu, Sérgio e Júnior decidiram dar um tempo à banda.
No final de 1984, as esperanças voltaram a aparecer. Com a proximidade do mega show 'Rock In Rio', havia uma remota possibilidade de que a banda fosse convidada para participar do evento. Essas esperanças só aumentaram quando Júnior descobriu, por intermédio de alguns contatos feitos com empresários, que seu velho amigo dos tempos da banda 'Aeroblues' (grupo formado na Argentina em 1977 e que contava com 'Pappo' na guitarra, Medina no baixo e Júnior na bateria) e guitar-hero argentino 'Pappo' estava no Rio de Janeiro. Após algumas conversas com 'Pappo' tudo ficou acertado e o guitarrista decidiu se mudar para São Paulo e tentar algo com a banda. Já sem se preocupar com o festival do 'Rock In Rio', a banda começou a ensaiar e a compor rapidamente e sendo assim, decidiram gravar todo o novo material. Os novos temas, gravados pela banda nos estúdios 'Vice-Versa', mostraram claramente a influência de um som mais pesado que 'Pappo' havia colocado na banda.
Algum tempo depois, o guitarrista voltou para a Argentina para resolver alguns problemas e mandar uma nova aparelhagem para o grupo. Ao retornar para o Brasil, o guitarrista acabou tendo muitos problemas com a alfândega brasileira, o que acarretou na perda de todo o equipamento. Isso acabou abalando por completo não apenas 'Pappo', mas também toda a "Patrulha". Isso somado a uma proposta irrecusável feita ao guitarrista para o seu retorno à Argentina fizeram com que Sérgio e Júnior resolvessem dar um 'basta' no trabalho e decretar uma parada de muitos anos da banda. O disco com o material gravado (5 canções ao todo), nos estúdio 'Vice-Versa', chegou a ser lançado com o nome de "Patrulha 85".
Durante os 3 anos que se seguiram o baterista Júnior formou a banda "Inox" com a qual gravou um Lp em 86. Sérgio Santana por sua vez reformulou a sua antiga banda "Baggas Guru" e também chegou a lançar um álbum.
Em 1988, após cinco anos longe dos palcos, a "Patrulha" foi convidada para fazer um show no 'Centro Cultural' de São Paulo. A vontade de voltar a tocar nos palcos era grande, porém o maior problema para a banda ainda estava na falta de um guitarrista. O velho amigo 'Dudu' era 'carta fora do baralho', já que ele havia se retirado do mundo da música, devido a problemas de saúde. Uma luz no fim do túnel acabou surgindo quando o grupo convidou o velho amigo e grande guitarrista Rubens Gióia (ex-"Chave Do Sol"). Após a entrada de Rubens a banda ainda ganhou o reforço de Percy Weiss para os vocais. Assim, todo o jejum de palco pelo qual a banda havia passado, finalmente acabou no dia 21 de junho de 1988, com o show do 'Centro Cultural' de São Paulo. Mesmo assim, ainda não foi dessa vez que a banda voltaria à ativa. O grande problema dessa vez estava no fato de que o baterista Júnior estava residindo em Curitiba. Além do que existia um grande respeito dos músicos com relação a toda história da banda e se não fosse para fazer um projeto legal e profissional acima de tudo, qualquer volta estaria descartada.
Em 1990, finalmente a "Patrulha" (com Júnior, Sérgio e Rubens Gióia) resolveu sair do hangar e voltar à ativa. Após muitos ensaios a banda entrou em estúdio para gravar 3 novas demos, "Gata", "Cidade Nua" e "Pátria Amada", pensando em negociar esse novo material com alguma grande gravadora.
A banda também sentiu que a volta aos palcos teria que ser em grande estilo. Sendo assim, agendou um show no "Dama Xoc" em São Paulo e um no "Tivoli Park" no Rio de Janeiro. O show de São Paulo, realizado no dia 12 de junho de 1990, ainda contou com as participações de Fernando Deluqui, Percy Weiss e Paulo Zinner.
Prevendo um futuro muito promissor pela frente, a banda começou novamente a reatar contatos e tentar recuperar todo o tempo que haviam perdido. Porém ninguém poderia imaginar que o show realizado pela banda na cidade de Maringá no dia 20 de outubro de 1990, fosse o último de Sérgio Santana na "Patrulha".
No dia 27 de maio de 1991, a pior notícia possível para a banda acabou ocorrendo: Sérgio Santana havia falecido. Completamente arrasado pela perda do amigo de mais de 10 anos, Rolando Castello Júnior se viu mais uma vez obrigado a desistir de todos os sonhos e esperanças e novamente recolheu a "Patrulha" de volta ao hangar.
Em setembro de 1991, a banda realizou 3 shows no interior de São Paulo e Paraná com diferentes formações em cada uma das apresentações.
Ainda em 1991, a banda (já com Xando Zupo na guitarra e Marcelo Bettamio nos vocais) recebeu uma proposta irrecusável para a realização de um show na cidade de Ponta Grossa. O show foi um tremendo sucesso e por um momento Júnior sonhou em novamente reagrupar a "Patrulha".
Em 1992, foi gravado (só seria lançado em 94) o álbum "Primus Inter Pares", um álbum em homenagem ao velho amigo Sérgio Santana. A banda reunida por Júnior, contou com as participações dos 'patrulheiros' : Percy Weiss, Rubens Gióia e Xando Zupo. O baixo ficou por conta de Renê Seabra.
Já em 94, Júnior e Osvaldo 'Cokinho' reencontraram o velho amigo 'Pappo' e com ele realizaram dois shows, um em São Paulo e outro em Rudge Ramos.
Em 1995, Júnior, 'Cokinho', Rubens e Percy (a formação que mais chegou perto da "Patrulha" original), entraram nos estúdios 'Be-Bop' em São Paulo e gravaram 3 músicas, "Sexy Sua", "Gata" e "Pátria Amada". No final apenas "Gata" chegou a ser mixada, porém nunca lançada.
Mesmo com uma turnê de sucesso realizada pelo sul do Brasil, vários compromissos de cada integrante fizeram com que esta volta da banda não passasse de mais uma tentativa frustrada.
Em 1999, novamente a "Patrulha", assim como a Phoenix, renasceu de suas próprias cinzas e com pique total. Novamente o baterista Rolando Castello Júnior colocou todos os seus sonhos e esperanças em uma nova formação e em uma nova fase.
Além do baterista, ainda completavam a banda o veterano baixista Luiz "Tigueis" Domingues (ex-Chave do Sol" e "Língua de Trapo") e os multi-instrumetistas Rodrigo Hid (vocal, guitarra, percussão e teclados) e Marcello Schevano (vocal, guitarra, flauta e teclados).
Em 2000 a banda lançou Chronophagia. Um trabalho completamente rock'n'roll e com muita energia. Depois foi a vez do EP "Compacto", e em 2004 sai o "Missão Na Área 13".
Os músicos ensaiaram por 30 ou 40 dias seguidos, e já com Eduardo 'Dudu' Chermont no lugar de Flavin, a banda fez sua estréia no dia 17 de setembro com um show no ginásio do 'Ibirapuera' para um público de 8.000 pessoas.
Em 28 de maio de 1978, após muitos shows por diversas cidades do Brasil, Arnaldo decidiu largar a banda. Sua saída causou grande transtorno ao grupo, não só porque o músico era o principal cantor e compositor, mas também devido à banda estar com muitos compromissos a cumprir dentro de poucos dias. A saída foi colocar Eduardo Chermont para fazer os vocais e resgatar antigas composições das outras bandas das quais os músicos haviam participado antes de ingressarem na "Patrulha".
Durante os dez dias de frenéticos ensaios, muitos amigos 'pintaram' para dar uma ajuda e entre eles apareceu Percy Weiss, ex-vocalista do "Made In Brazil". Quando a banda percebeu, o vocalista já era um 'patrulheiro' oficial.
No dia 8 de julho de de 1978, a nova "Patrulha" fez sua estréia no Ginásio de Esportes de Sorocaba.
Após alguns meses com essa nova formação, os desentendimentos com o vocalista Percy começaram a aparecer. A banda ainda tentou segurar a barra trazendo Walter Baillot (ex-"Joelho de Porco") para a segunda guitarra. Mesmo assim, as coisas não renderam e no dia 16 de abril de 1979 o grupo fez seu último show com Percy e Walter, no teatro 'Pixinguinha'. Após sua saída, Percy voltou ao "Made In Brazil". Porém, nem a amizade e muito menos a história do vocalista na "Patrulha" ainda haviam acabado.
Ainda em 1979, a banda entrou em estúdio para a gravação do seu primeiro disco. Logo no início das gravações, 'Dudu' apresentou alguns problemas com a voz e o velho amigo Percy Weiss, que havia aparecido no estúdio como que por mágica, acabou incumbido de colocar as vozes na maioria das canções.
Para o lançamento do Lp, a banda iniciou uma grande turnê pelo sul do país, algumas cidades do estado de São Paulo e também por algumas cidades da Argentina. Desencontros, problemas e falsas promessas da produção Porteña, resultaram na perda das fitas master com todo o primeiro trabalho da banda e demais materiais. A partir daí a turnê dos sonhos acabou se transformando em um verdadeiro pesadelo. Isso provocou um enorme rompimento na estrutura da banda e por conseqüência um grande afastamento de 'Cokinho' em relação ao grupo. Assim, dois anos após o início da banda, no dia 24 de novembro de 1979, o trio fez seu último show oficial com 'Cokinho'.
Após um tempo, a banda, no início de 1980, convidou Sérgio Santana para assumir o baixo da "Patrulha". Para iniciar a nova década com força total a banda marcou um série de shows no teatro 'Abertura' em São Paulo, onde não poderiam de modo algum cometer qualquer vacilo. Como o grupo ainda não tinha se entrosado completamente com o Sérgio, a saída foi chamar a velho amigo 'Cokinho' para a série de espetáculos. Quatro dias de teatro completamente lotado despediram dignamente o grande 'Cokinho'.
Mais alguns shows foram feitos e a banda resolveu dar um tempo para poder ensaiar e compor com Sérgio Santana. Durante esse tempo a banda acabou resgatando, Deus sabe como, algumas cópias das fitas master do primeiro trabalho e finalmente conseguiu lançar o tão sonhando Lp, exatamente um ano depois da previsão inicial.
Em 1981, a "Patrulha" iniciou as gravações de seu segundo trabalho. As gravações aconteceram nos mesmos moldes do primeiro Lp, ou seja, o mínimo de sessões possíveis foram utilizadas para a gravação do disco. Para esse segundo disco Eduardo Chermont assumiu quase que completamente os vocais da banda, mas a presença de Sérgio Santana como compositor e cantor estava começando a aparecer em temas como "Planet Rock". A grande diferença desse trabalho em relação ao primeiro, é que o grupo finalmente conseguiu fechar um contrato de distribuição e prensagem com uma grande gravadora, o que possibilitou finalmente que o trabalho da "Patrulha" fosse divulgado em todo Brasil.
O restante do ano foi tomado por grandes concertos em todo interior paulista e no lançamento do segundo disco, no ginásio do 'Palmeiras' em 14 de dezembro de 1981.
Em 1982, a "Patrulha" passava por um momento de grandes incertezas quanto ao seu futuro. Apesar da boa distribuição e das excelentes vendas do segundo álbum, a gravadora acabou realizando algumas más negociações e isso acabou não trazendo um retorno financeiro para a banda. A solução encontrada pelo grupo foi a de mais uma vez cair na estrada e tentar angariar fundos para o 3º álbum.
As gravações do que seria conhecido como o 'álbum branco' da "Patrulha" ocorreram nos mesmo moldes dos dois primeiros trabalhos da banda, ou seja, pouquíssimas sessões de estúdio foram gastas para a gravação do disco. O Lp também firmou definitivamente a posição de Sérgio Santana como principal compositor e cantor da banda. Devido aos problemas financeiros acarretados pelo segundo disco, a banda não se encontrava em condições de lançar o álbum de modo totalmente independente e como não poderiam recorrer às grandes gravadoras, já que estas estavam fechadas para o mercado rock'n'roll no país, a saída então foi unir forças ao selo 'Baratos Afins' de propriedade de Luíz Calanca e lançar o álbum de modo meio que independente.
Em 1983, eram fortes os boatos de que o grupo "Van Halen" viria ao Brasil para uma série de shows e que a pedido do próprio "Van Halen" a "Patrulha" estava incumbida de fazer os shows de abertura da banda em São Paulo. Mesmo com todos esses boatos aumentando cada vez mais, devido à proximidade do show, a banda manteve a cabeça fria e continuou achando que nada iria acontecer. No dia 20 de janeiro de 1983, apenas um dia antes do primeiro show do "Van Halen" em São Paulo,
Sérgio Santana e Rolando Castello Júnior quase desmaiaram ao ficaram sabendo que todos os boatos haviam se concretizado e que realmente a "Patrulha" iria abrir os shows do "Van Halen". Nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 1983, a "Patrulha" talvez tenha vivido o 'Grand Momentun' de toda a sua história. Shows que premiaram merecidamente todos os anos de dura batalha e total profissionalismo da banda. Profissionalismo esse que mereceu até elogios do próprio Eddie Van Halen, que fez questão de ir ao camarim da banda para cumprimentá-los pessoalmente.
Após os shows do "Van Halen", a banda não quis perder tempo e conseguiu organizar pela primeira vez a tão sonhada turnê por todo o país. Tudo foi feito do modo mais profissional possível, para que com isso o grupo conseguisse pela primeira vez ter uma divulgação e uma exposição de modo ininterrupto, pelos 4 cantos do Brasil. Porém, um acontecimento trágico obrigaria a banda a parar e a desistir de tudo o que havia sido planejado: Alguns tiros levaram não só o baterista Rolando astelo Júnior para o hospital, mas também levaram todos os sonhos, esperanças e talvez a última grande chance da banda.
Seis meses de sofrimento, recuperação, miséria e esquecimento por parte da mídia se passaram, até que a banda voltasse para a estrada. Durante esse período, a "Patrulha" fez um show no dia 1º de maio de 1983 no 'Heavy Metal', em Santos. Na bateria estava Paulo Tomaz e toda a arrecadação do show foi doada ao baterista Rolando Castello Júnior.
Ainda em 83, de volta à estrada e com sua formação oficial, o grupo realizou um show no clube 'Gran' em Limeira. O show foi o modo escolhido pela banda para arrecadar fundos para a gravação do 4º álbum.
Com o lançamento do disco, ficou claro o controle quase que total de Sérgio Santana nos vocais e na autoria das canções. Isso iniciou (sem que ninguém ainda percebesse) um processo de afastamento definitivo de Eduardo Chermont do grupo. A primeira separação ocorreu durante a turnê que o grupo realizou, após 4 anos, pelo sul do país. Sérgio e Júnior para cumprir com a agenda de shows foram obrigados a chamar Fábio 'Índio' Amaral para a realização de algumas apresentações.
Já de volta a São Paulo e com a paz aparentemente restabelecida, a banda realizou no 'Woodstock Music Hall' o show de lançamento do 4º Lp.
Nos dias 29 e 30 de dezembro de 1983, a "Patrulha", ainda sem saber, fez seus últimos shows com o guitarrista Eduardo Chermont. Com a saída de 'Dudu' a banda não perdeu apenas um grande amigo e guitarrista, mas sim seu ultimo grande 'Momentun'.
No início de 1984, a "Patrulha" estava à procura de um grande guitarrista, e após muita 'batalha', todas as fichas foram depositadas em um guitarrista argentino chamado Horácio. Porém, quis o destino mais uma vez pregar uma peça na banda. Horácio acabou falecendo em um acidente de moto no cruzamento da Avenida 9 de Julho com a Avenida Brasil.
O tempo foi passando e tanto Sérgio Santana quanto Júnior já estavam 'jogando a toalha'. O desânimo e o marasmo cada vez levavam os rapazes a pensar que a "Patrulha" havia pousado de modo definitivo no hangar. Nesse meio, tempo Sérgio ainda conseguiu com que os estúdios 'Mosh' fornecessem algum tempo para que ele, Júnior e Fábio 'Índio' Amaral gravassem uma demo chamada "Tráfego Pesado". Como nada aconteceu, Sérgio e Júnior decidiram dar um tempo à banda.
No final de 1984, as esperanças voltaram a aparecer. Com a proximidade do mega show 'Rock In Rio', havia uma remota possibilidade de que a banda fosse convidada para participar do evento. Essas esperanças só aumentaram quando Júnior descobriu, por intermédio de alguns contatos feitos com empresários, que seu velho amigo dos tempos da banda 'Aeroblues' (grupo formado na Argentina em 1977 e que contava com 'Pappo' na guitarra, Medina no baixo e Júnior na bateria) e guitar-hero argentino 'Pappo' estava no Rio de Janeiro. Após algumas conversas com 'Pappo' tudo ficou acertado e o guitarrista decidiu se mudar para São Paulo e tentar algo com a banda. Já sem se preocupar com o festival do 'Rock In Rio', a banda começou a ensaiar e a compor rapidamente e sendo assim, decidiram gravar todo o novo material. Os novos temas, gravados pela banda nos estúdios 'Vice-Versa', mostraram claramente a influência de um som mais pesado que 'Pappo' havia colocado na banda.
Algum tempo depois, o guitarrista voltou para a Argentina para resolver alguns problemas e mandar uma nova aparelhagem para o grupo. Ao retornar para o Brasil, o guitarrista acabou tendo muitos problemas com a alfândega brasileira, o que acarretou na perda de todo o equipamento. Isso acabou abalando por completo não apenas 'Pappo', mas também toda a "Patrulha". Isso somado a uma proposta irrecusável feita ao guitarrista para o seu retorno à Argentina fizeram com que Sérgio e Júnior resolvessem dar um 'basta' no trabalho e decretar uma parada de muitos anos da banda. O disco com o material gravado (5 canções ao todo), nos estúdio 'Vice-Versa', chegou a ser lançado com o nome de "Patrulha 85".
Durante os 3 anos que se seguiram o baterista Júnior formou a banda "Inox" com a qual gravou um Lp em 86. Sérgio Santana por sua vez reformulou a sua antiga banda "Baggas Guru" e também chegou a lançar um álbum.
Em 1988, após cinco anos longe dos palcos, a "Patrulha" foi convidada para fazer um show no 'Centro Cultural' de São Paulo. A vontade de voltar a tocar nos palcos era grande, porém o maior problema para a banda ainda estava na falta de um guitarrista. O velho amigo 'Dudu' era 'carta fora do baralho', já que ele havia se retirado do mundo da música, devido a problemas de saúde. Uma luz no fim do túnel acabou surgindo quando o grupo convidou o velho amigo e grande guitarrista Rubens Gióia (ex-"Chave Do Sol"). Após a entrada de Rubens a banda ainda ganhou o reforço de Percy Weiss para os vocais. Assim, todo o jejum de palco pelo qual a banda havia passado, finalmente acabou no dia 21 de junho de 1988, com o show do 'Centro Cultural' de São Paulo. Mesmo assim, ainda não foi dessa vez que a banda voltaria à ativa. O grande problema dessa vez estava no fato de que o baterista Júnior estava residindo em Curitiba. Além do que existia um grande respeito dos músicos com relação a toda história da banda e se não fosse para fazer um projeto legal e profissional acima de tudo, qualquer volta estaria descartada.
Em 1990, finalmente a "Patrulha" (com Júnior, Sérgio e Rubens Gióia) resolveu sair do hangar e voltar à ativa. Após muitos ensaios a banda entrou em estúdio para gravar 3 novas demos, "Gata", "Cidade Nua" e "Pátria Amada", pensando em negociar esse novo material com alguma grande gravadora.
A banda também sentiu que a volta aos palcos teria que ser em grande estilo. Sendo assim, agendou um show no "Dama Xoc" em São Paulo e um no "Tivoli Park" no Rio de Janeiro. O show de São Paulo, realizado no dia 12 de junho de 1990, ainda contou com as participações de Fernando Deluqui, Percy Weiss e Paulo Zinner.
Prevendo um futuro muito promissor pela frente, a banda começou novamente a reatar contatos e tentar recuperar todo o tempo que haviam perdido. Porém ninguém poderia imaginar que o show realizado pela banda na cidade de Maringá no dia 20 de outubro de 1990, fosse o último de Sérgio Santana na "Patrulha".
No dia 27 de maio de 1991, a pior notícia possível para a banda acabou ocorrendo: Sérgio Santana havia falecido. Completamente arrasado pela perda do amigo de mais de 10 anos, Rolando Castello Júnior se viu mais uma vez obrigado a desistir de todos os sonhos e esperanças e novamente recolheu a "Patrulha" de volta ao hangar.
Em setembro de 1991, a banda realizou 3 shows no interior de São Paulo e Paraná com diferentes formações em cada uma das apresentações.
Ainda em 1991, a banda (já com Xando Zupo na guitarra e Marcelo Bettamio nos vocais) recebeu uma proposta irrecusável para a realização de um show na cidade de Ponta Grossa. O show foi um tremendo sucesso e por um momento Júnior sonhou em novamente reagrupar a "Patrulha".
Em 1992, foi gravado (só seria lançado em 94) o álbum "Primus Inter Pares", um álbum em homenagem ao velho amigo Sérgio Santana. A banda reunida por Júnior, contou com as participações dos 'patrulheiros' : Percy Weiss, Rubens Gióia e Xando Zupo. O baixo ficou por conta de Renê Seabra.
Já em 94, Júnior e Osvaldo 'Cokinho' reencontraram o velho amigo 'Pappo' e com ele realizaram dois shows, um em São Paulo e outro em Rudge Ramos.
Em 1995, Júnior, 'Cokinho', Rubens e Percy (a formação que mais chegou perto da "Patrulha" original), entraram nos estúdios 'Be-Bop' em São Paulo e gravaram 3 músicas, "Sexy Sua", "Gata" e "Pátria Amada". No final apenas "Gata" chegou a ser mixada, porém nunca lançada.
Mesmo com uma turnê de sucesso realizada pelo sul do Brasil, vários compromissos de cada integrante fizeram com que esta volta da banda não passasse de mais uma tentativa frustrada.
Em 1999, novamente a "Patrulha", assim como a Phoenix, renasceu de suas próprias cinzas e com pique total. Novamente o baterista Rolando Castello Júnior colocou todos os seus sonhos e esperanças em uma nova formação e em uma nova fase.
Além do baterista, ainda completavam a banda o veterano baixista Luiz "Tigueis" Domingues (ex-Chave do Sol" e "Língua de Trapo") e os multi-instrumetistas Rodrigo Hid (vocal, guitarra, percussão e teclados) e Marcello Schevano (vocal, guitarra, flauta e teclados).
Em 2000 a banda lançou Chronophagia. Um trabalho completamente rock'n'roll e com muita energia. Depois foi a vez do EP "Compacto", e em 2004 sai o "Missão Na Área 13".
EM BREVE TODOS OS DISCOS DO PATRULHA DO ESPAÇO!
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