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quarta-feira, 15 de abril de 2009

PORTUGAL E A UNIÃO EUROPÉIA - COLABORAÇÃO DE LAAZ



Portugal, viveu grande parte do Século XX, isolado do mundo, devido a uma ditadura impiedosa, imposta por António Oliveira Salazar e seus seguidores Américo Tomás e Marcelo Caetano, entre 1926 e 1974. Todo esse isolamento, criou barreiras ao conhecimento e ao desenvolvimento, embora tenha livrado Portugal da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Portugal foi nos primeiros 75 anos do século passado um país atrasado mentalmente e culturalmente, pouco desenvolvido e fechado consigo próprio. Envolvido em constantes guerras coloniais, sem sentido. Situação que se alterou radicalmente com a Revolução dos Cravos em 1975, e com a posterior entrada na UE em 1986.
Quando se dá a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974, a liberdade e a democracia finalmente tomam conta do país. Não imediatamente, devido a certas convulsões internas, mas passados 2 anos a democracia estava consolidada. É a partir dessa altura que Portugal se abre novamente ao mundo, ainda que se mantivesse atrasado e periclitante. A história segue o seu rumo, até que Portugal no ínicio da década de 80 faz o seu pedido de adesão á CEE (como se designava a União Europeia (UE) nessa altura, e que significava Comunidade Económica Europeia), juntamente com a sua vizinha Espanha (outro país saído recentemente do isolamento e da ditadura de Francisco Franco).
A entrada de ambos os países dá-se no primeiro dia do ano de 1986. E o crescimento, o desenvolvimento e a modernidade, dão-se a partir daí. A Península Ibérica, outrora donos do mundo, atrasara-se bastante no século XX, em relação ás nações mais desenvolvidas do velho continente, como a Inglaterra, França e Alemanha, os grandes motores de desenvolvimento da UE. E agora beneficiava do apoio dessas potências.
Com a chegada de alguma ajuda financeira, proveniente da UE, Portugal começou a tirar partido desses milhões que todos os dias lhe entravam pela porta. Novas empresas, principalmente no ramo técnológico e dos serviços, foram criadas, outras indústrias existentes foram desenvolvidas, milhares de quilómetros de vias de comunição foram criados, interligando o país com o resto da Europa. Uma onda de optimismo varre o país, que se lança na procura de novos mercados dentro do velho continente, um mercado até essa altura pouco explorado. E consegue surpreender, muitos dos grandes países europeus, que viram em Portugal, um modelo de progresso, e até um caso de estudo.
Um povo até aí fechado, desconfiado, mesquinho, triste e melancólico, transforma-se de um momento para o outro num povo cheio de alegria, dinâmico, aberto a outros povos e a outras culturas, tentando absorver tudo o que pode.
Mas todo esse desenvolvimento desenfreado, toda essa alegria e abertura também acarreta seus problemas. Ou seja nem tudo são rosas. Entraram muitos novos hábitos na cultura portuguesa, completamente dispensáveis, mas próprios de um povo ávido de novidades.
Além disso, nessa época foram cometidas muitas irregularidades com os fundos provenientes da UE, com muitas pessoas sem escrúpulos a aproveitarem-se desse facto. A corrupção aumentou, e muito desse dinheiro foi desbaratado, limitando o crescimento e aumentando a desigualdade social.
Entretanto Portugal continuou a sua caminhada até aos dias de hoje, com altos e baixos, como todos os países desenvolvidos, atravessando como os outros neste momento a sua maior crise.
Concluindo. È um país completamente integrado na UE, respeitado pelos seus pares, e pelo resto do mundo, moderno, desenvolvido, contrastando com a imagem negativa que tinha até 1975. Mas também um país de profundas desigualdades sociais, por vezes mais preocupado em aparecer bem na fotografia, do que em arrumar efectivamente a casa.
Embora ainda haja pessoas dentro do país a falar mal da mal da UE, Portugal deve orgulhar-se de a ela pertencer, porque muito lhe deve. Todo o seu desenvolvimento recente, se baseia na colaboração e interação com os outros países da União, para além de ainda tirar proveito da boa imagem conquistada, e conseguir colaborar com países externos á União.

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