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RADIO A FERRO E FOGO

sábado, 11 de abril de 2009

CELSO LOOS - TEXTO PUBLICADO NO LÁGRIMA PSICODÉLICA

Indústria Fonográfica: O Motor "Móvel" que ainda acredita ser "Imóvel" (Aristóteles, Deus e mp3)...

Texto e Link: Celso Loos

Postagem: Johnny F


Quando as primeiras gravações de bandas de jazz foram feitas no ínicio do século passado, músicos que participavam dessas gravações passaram a serem boicoitados por seus colegas. Isto porque eles tinham medo de que viessem a perder seus empregos, acreditando que ninguém iria pagar para assistí-los já que qualquer pessoa poderia ouvir suas músicas quantas vezes quisesse pagando uma única vez.
Na inglaterra, com o advento do automóvel, lobby foi criado a fim de proibir o uso deles nos centros das cidades, preservando os direitos dos construtores de carroças e charretes.
Hoje as gravadoras ainda não perceberam que não há como vender CD. Elas têm que vender música. Elas ainda não perceberam que qualquer pessoa vai preferir carregar 50 cds em um pendrive a ter que carregar uma bolsa com aqueles.
Assim como o CD foi saudado, além da qualidade sonora, como a solução para que não tivessemos o desprazer de descobrir que a nossa música predileta estava "arranhada" e "pulando", hoje a música digital facilita a sua armazenagem (não física) e seu transporte (inclusive e, sobretudo, não físico).
Quando privam um cidadão comum de compartilhar a sua música predileta é como se outrora o proibissem de emprestar o seu LP para aquele velho amigo.Imaginem se quando do inicio da iluminação elétrica, os produtores de velas e os responsáveis pelo acendimento noturno a boicotasem usando os métodos hoje utilizados: cortando links (cabos) ou processando aqueles que agora poderiam ficar acordados até mais tarde.Toda evolução e revolução sempre terão pela frente opositores: sejam sociais, religiosos ou comerciais.
Mas, basta ler os velhos almanaques do tempo de nossa avó para descubrirmos onde tudo acabou.Fiz esse pequeno (?!?!) desabafo para comunicar-lhe que o Roger Daltrey - Who Celebrate está novamente disponível em Download
Celso Loos

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UM COMENTÁRIO INTERESSANTE:
Celso disse...
É gravetos, infelizmente parece que está tomando este rumo mesmo. Outro dia este assunto foi à baila quando do aniversário de lancamento do Stg. Peppers. Não haverá mais espaço para discos temáticos e/ou conceituais. Um Dark Side ou um Tommy que o ouvinte tem que necessariamente seguir a ordem das faixas para melhor compreensão não sobrevivem no comércio on-line. O cara irá baixar apenas See Me, Feel ou Time.Quanto a preço. Outro dia tava ounvindo aquele cara que inventou a banda calipso (arrrghhh) e o que falou tem a ver. seguinte: O cara produz o proprio CD e coloca no mercado (original) a R$ 10,00. Vem o pirata e vende a R$ 1,00. Mas pensa que ele tá triste? Hoje (palavras dele) ele faz shows em cidades que ele nem sabia que existia para 30, 50 mil pessoas a R$ 70 mil. Aonde ele venderia R$ 70mil em discos numa cidadezinha pelo interior do País. Os artistas ligados a uma gravadora não falam (até por motivos contratuais) mas especula-se que uma dupla sertaneja (arrgghhh duplo) embolse em torno de R$ 1,00 liquido por CD vendido. A mesma fórmula se aplica: Nem em todo estado de São Paulo ele venderá 70 mil cópias.Já na Europa e EUA o que se combate mesmo é os bootlegs. Pirataria de banca não existe. Sobre a questão do CD ser imprescindivel. Um dia também pensei que não viveria sem os meus LPS. Voltamos ao ponto de partida. Eu gosto de música, não da mídia que a transporta. Quero comprar música, não mídia.Um grande abraço, com a mais sincera admiração.

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