O Primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, foi atingido, mas ele não sofreu ferimentos
Por *Época NEGÓCIOS OnlineO pior, no entanto, ainda estava por vir. Poucas horas depois do incidente, houve um tiroteio em um acampamento juvenil próximo à capital norueguesa, no qual ao menos outras 84 pessoas morreram, segundo informações da polícia norueguesa, de acordo agência de notícias "NTB". Até este momento, não está claro se as duas tragédias estão relacionadas. O tiroteio ocorreu em um acampamento da juventude social-democrata (UAF), na ilha de Utoya, próxima à capital, onde se esperava neste sábado o primeiro-ministro Jens Stoltenberg.
A Polícia norueguesa considera que os dois ataques não podem ser atribuídos ao terrorismo internacional, mas estariam relacionados com "movimentos locais antissistema".
Nenhum membro do governo ficou ferido na explosão da capital, informou o próprio Stoltenberg por telefone e de um lugar não revelado, por razões de segurança, após qualificar a situação do país como muito grave. Segundo alguns meios de imprensa noruegueses, o alvo do atentado era o Ministério de Energia e Petróleo.
No acampamento juvenil, o tiroteio ocorreu por volta das 12h30 (Brasília), duas horas depois do atentado, em instalações ocupadas por cerca de 560 pessoas. O agressor era um homem vestido com um uniforme da polícia que foi detido posteriormente, segundo informações policiais. No acampamento da AUF, Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra social-democrata da Noruega por três vezes tinha feito um discurso hoje pela manhã.
Em Oslo, a polícia isolou todo o complexo governamental imediatamente após o atentado, enquanto as dependências eram evacuados, e epecialistas procuravam outras possíveis bombas. Além disso, as redações dos principais meios de imprensa do país, como a rádio pública "NRK", os jornais "VG", "NTB", "Aftenposten" e o canal "TV2" foram esvaziadas.
O prédio que abriga os escritórios do primeiro-ministro ficou seriamente afetado, junto com outros imóveis vizinhos, onde os vidros das janelas explodiram. Entre os imóveis afetados também se encontra o do popular jornal norueguês "VG".
Após a explosão foram registradas cenas de pânico pelas ruas, com pessoas correndo, algumas delas ensanguentadas. Imagens da televisão norueguesa mostram logo após as explosões cenas de caos no centro do distrito governamental.
Diversos meios de comunicação locais informaram a existência de um automóvel destroçado, onde poderia ter sido colocada uma bomba, estacionado na frente um dos prédios afetados.
Reação internacional
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, condenou firmemente o atentado desta sexta-feira (22/07). "Condeno nos mais enérgicos termos estes atos de covardia para os quais não há nenhuma justificativa", declarou em comunicado, no qual afirmou se sentir "horrorizado" pelo episódio.
Van Rompuy enviou ao primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, e aos cidadãos noruegueses uma mensagem de condolências e solidariedade de parte de toda a União Europeia (UE). Além disso, transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas.
O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, também enviou um telegrama a Stoltenberg, no qual se declarou igualmente "horrorizado" e afirmou que um ataque de tal magnitude não é algo comum na Noruega, uma nação associada "com a paz tanto no próprio país como por seus esforços por conseguir acordos de paz no estrangeiro". "Queria expressar minhas mais profundas condolências às vítimas deste vil atentado e às suas famílias", escreveu em sua mensagem, transmitindo também seu apoio ao primeiro-ministro e a todos os noruegueses.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, se uniu à mensagem de solidariedade. "A Noruega é famosa por promover ativamente a paz no mundo e esse atentado horrendo não tem precedentes", disse, destacando que o país é um dos sócios mais próximos da UE. "A Noruega demonstrou seu firme apoio à UE em muitos contextos e a UE está preparada para ajudar a Noruega nestas difíceis circunstâncias", considerou Ashton.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, também condenou severamente o atentado, classificando-o como "atroz"."Em nome da Otan, condeno nos termos mais firmes estes atrozes atos de violência ocorridos na Noruega", afirmou em comunicado. "Eu gostaria de transmitir minhas sinceras condolências ao governo da Noruega, aos noruegueses e às famílias e aos entes queridos de todos aqueles que sofreram estes cruéis e covardes atos", acrescentou.
EUA
Os Estados Unidos também prestaram apoio aos noruegueses. "Quero expressar pessoalmente minhas condolências ao povo norueguês", afirmou o presidente Barack Obama, em entrevista concedida após sua reunião com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key. Obama destacou ainda a necessidade de colaboração internacional para impedir novos ataques.
* Com informações da Agência EFE
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