STRYKE - Virtual Metal Magazine

RADIO A FERRO E FOGO

sábado, 28 de março de 2009

JOSÉ RENATO - UM SER DA NOITE INVADE O ATITUDE FANZINE!



HOJE ATITUDE FANZINE RECEBE UM DOS SERES DA NOITE: JOSÉ RENATO. ELE FAZ PARTE DE UMA EQUIPE QUE REALIZA UM TRABALHO SENSACIONAL, CONTA COMO COMEÇOU A CURTIR ROCK, HISTÓRIAS, INDICA DISCO E MOSTRA GRANDE CONSCIÊNCIA EM RESPOSTAS SOBRE CULTURA LIVRE E POLÍTICA.
(na foto, José Renato e Celso )

Inicialmente a EQUIPE ATITUDE UNDERGROUND agradece a sua disponibilidade em nos atender e para começarmos nossa conversa gostaríamos que nos contasse quem é o JOSÉ RENATO.

R.Bom, eu tenho 50 anos (51 dia 14 de abril próximo), natural de Guaratinguetá/SP e residindo atualmente em São José dos Campos/SP, casado, dois filhos, um neto e daqui a uma semana também uma neta. Trabalho com Suporte de Informática nos Correios, desenhista artístico e enxadrista (classificado como forte enxadrista amador, não que isto represente muita coisa) e professor de Xadrez

OS SERES DA NOITE realizam um grande trabalho de distribuição de música com qualidade. Conte-nos um pouco sobre como surgiu à idéia de criar um blog e como tem sido a receptividade do público internauta.

R Na realidade a idealização do Blog foi toda do Cesar (Ser da Noite) e começou em 2006. Eu só fui conhecer Blogs de uma forma geral a partir do final de 2007, numa história bastante curiosa: Eu estava procurando um Disco (do America, se não me engano) e não encontrava de jeito nenhum. Como meus filhos tinham (tem) Orkut, pedi a eles verificarem pra mim se tinha alguma coisa a respeito do tal do Disco. Ele pesquisou e veio com uma lista de Sites. blogspot.com do qual eu nunca tinha ouvido falar e aí obtive a explicação. Depois disto não parei mais até hoje.Num destes acessos eu conheci o Seres da Noite e de cara criei uma empatia muito grande pelo seu idealizador, pois era um dos poucos que sempre respondia quando eu ou qualquer outro deixava uma pergunta nos comentários e via de regra atendia nossos pedidos. Num desses pedidos que alguém fez no Blog eu tinha o CD e me dispus a compartilhar (só não sabia como). Pacientemente o Cesar me deu um passo-a-passo, tirou dúvidas, e a partir daí passei a ser contribuinte ocasional do Blog. Posteriormente em 2008 recebi o convite para ser membro efetivo e estou lá até hoje.






Seres da Noite é um blog que está sempre trazendo clássicos para a galera. Como é que vocês com seguem tantas raridades?
R. Todos nós que fazemos parte do Seres da Noite somos antes de tudo apreciadores da boa música, em especial de Rock, e, antes mesmo da criação do Blog tínhamos um acervo bastante razoável de CD´s e Vinís. Além disso, estamos diariamente fazendo pesquisa de material por toda a Net na busca não só de raridades, mas também de novidades, fatosNovos, interessantes, enfim, nós do Blog sempre estamos atentos com o objetivo de sempre apresentar algo que venha a agradar a nós e aos nossos freqüentadores.


Como e quando você começou a curtir rock e qual banda você considera a primeira a lhe dizer: aumenta que isso aqui é rock´n´roll!
(foto Mark Farner)

R. Eu ouço rádio desde pequeno e invariavelmente um ou outro som chama mais a atenção, mas aprendi a essência do Rock na adolescência, participando de um grupo de amigos do meu primo (na verdade considero meu irmão) que se reunia na casa dele para trocar informações, novidades e ouvir som. Lá sempre alguém levava um disco novo que ouvíamos, dávamos Opinião, enfim... Isto me ajudou a ter certo senso crítico e a formar uma cultura musical baseada em Rock, já que era a grande maioria do material ali exposto. Comecei a ouvir praticamente de tudo, mas tive um "quê" a mais quando ouvia Led Zeppelin (o primeiro vinil que comprei foi o Led Zeppelin I), Grand Funk Railroad, Thin Lizzy, Black Sabbath e Pink Floyd.

Das postagens que você realizou qual você indicaria para nossos leitores e quais as suas razões?
R.Na realidade eu posso indicar quase todas, pois eu só posto aquilo que eu gosto efetivamente ou algo que alguém solicita e eu vejo que se enquadra na diretriz do Blog. Neste último caso raramente posto algo que eu não gosto, mas pode acontecer. No mais indico tudo o que coloquei no Blog.




Como você analisa as transformações que o rock passou a partir dos anos 70 (auge do True Rock) aos nossos dias? Você ainda vê o rock com energia para preservar um espírito rebelde?

R. Eu acredito que o fato histórico está diretamente associado à forma com que nós nos rebelamos contra alguma coisa que nos incomoda, e, neste caso, a música serve como válvula de escape para esta rebeldia. Sempre que algo nos incomoda de forma geral ou tentamos resolvê-la (se está ao nosso alcance) ou insurgimos contra na esperança de que alguém resolva.O Rock acabou se tornando um caminho ideal para este "grito de rebelião", mas, como todo meio que não tem regras específicas acaba sendo deturpado na sua essência e por vezes tratado como meio de prática de insanidade (total ou temporária) e perde a verdadeira essência da expressão. O Punk Rock, por exemplo, foi um ato nocivo ao movimento rock,Em minha opinião, pois apregoava a violência pela violência, de forma gratuita, e a partir daí, surgiram vários movimentos (principalmente na Europa) de vândalos que apenas se preocupavam em destruir. Fora isto, o Glam Rock, por exemplo, foi outra aberração caminhando na direção quase oposta e, salvo raras exceções, pasteurizou o Rock visando apenas lucros financeiros e imediatismo de sucesso na mídia, estrelato, etc, produzindo milionários sem qualquer amor à arte. Isto parece ter diminuído muito com o surgimento do movimento grunge, em Seatle, que pareceu ser uma "luz no fim do túnel" e de lá pra cá, o Rock parece ter retomado a sua inicial virtude de rebeldia com qualidade. Uma coisa é certa, apesar de todos os movimentos em contrário o nosso bom e velho Rock´n´Roll continua firme e forte, enquanto houver pessoas como nós (eu, você e todos aqueles que conseguiram captar a essência, o sentimento, a alma daqueles que plantaram a semente) que mantém a chama acesa e que atrai novos seguidores sempre.

Como surgiu a idéia do boteco do seres da noite?

R. O Boteco do Seres foi uma idéia minha aproveitando o "gancho" de alguns comentários surgidos em algumas postagens, tipo:- Isto aqui tá parecendo um Boteco... ou- Esta eu vou ouvir tomando uma...- Depois desta, só tomando uma...E outros inúmeros comentários sobre o fim de semana, etc. Na época a gente tava reestruturando o Blog, daí a idéia de nos finais de semana todo mundo postar o que quiser, da forma que quiser, como num boteco onde todos se encontram para falar de tudo e tomar uma cerveja, jogar sinuca, etc. Fazemos tudo isto com as postagens e os comentários...Na verdade é uma oportunidade de alguém que não vai a um Boteco sentir o "clima" de um Boteco, usando a música como parâmetro, motivo, pano de fundo, ou seja, lá o que for.

Recentemente vocês fizeram uma postagem do Wood & Stock o que nos remete a duas idéias: A CONTRACULTURA COMO UTOPIA e a CONTRACULTURA COMO DISTOPIA. Como você analisa esses dois momentos, um de esperança de uma sociedade melhor e outro de enquadramento as regras sociais.
R.Esta postagem não é minha, de modos que não posso falar pelo Miguel, mas falo aqui como parte integrante do Blog e, neste caso são duas coisas:a- A postagem foi feita por se tratar de material artisticamente muito bom (esta é a opinião de alguém que conhece o trabalhodo Angeli como cartunista e que nunca tinha visto este material - eu, no caso) e estar completamente casado com a diretriz do Blog.b- A possibilidade e oportunidade de mostrar coisa nossa também, importante, e que obrigue pessoas a pensar. Acho que este é o principal problema no mundo de hoje: tudo já chega praticamente pronto, pra criança principalmente, o que deixa uma margem muito pequena para usarmos a nossa criatividade e senso crítico. Provocar alguma reação é dever de toda mídia, da qual fazemos parte.

Já que entramos no assunto UTOPIA, você acredita na política? Quais são suas razões?
R. Eu acredito na política como instrumento de negociação, de gerencia, integração, enfim, é um instrumento do qual devemos lançar mão como forma de organização da sociedade, necessária para o crescimento da mesma e para que tudo se suceda dentro de uma certa ordem, mas não acredito nos políticos de uma forma geral, já que a maioria absoluta deles tende a desvirtuar a essência da definição e da palavra, usando-a não para o bem coletivo, mas ao próprio benefício.


Dia 21 de Abril estaremos realizando o PRIMEIRO HEAVY METAL ASILO com o objetivo de fazer um grande encontro da galera metal oitentista. Gostaria de saber sua opinião sobre esse evento e sobre esse vídeo (indicado pelo amigo Laaz de Portugal) http://www.youtube.com/watch?v=HOEp-xxqu3E&feature=PlayList&p=6D0B7BE7C513E46C&index=119

R. Com relação ao evento acho excelente, desde que tudo seja organizado visando os fãs (o público que irá assistir), pois, sendo assim, dificilmente acontecerá algo de ruim e todos sairão ganhando, pois certamente o evento será falado por anos e anos e novos iguais com certeza irão ocorrer. Estamos carentes de eventos desta natureza e o público certamente irá comparecer em massa e á partir daí só dependerá dos músicos fazerem a sua parte.Quanto ao vídeo, digamos que este sou eu amanhã, rsrsrsrsrsrsrs.

O que você achou dessa iniciativa do ATITUDE FANZINE de entrevistar a galera parceira da EQUIPE ATITUDE e mostrar ao mundo que está fazendo essa revolução mundial de distribuição de cultura livre?
R. Acho que todo mundo que tem algo a dizer, experiências a transmitir e faz coisas boas e importantes merecem ter seu trabalho divulgado para que o público em geral veja que no mundo ainda tem algumas trincheiras abertas com pessoas lutando pela cultura, pelo livre arbítrio, pela paz e não estão alienados e conformados, pois assim, quem sabe, estas pessoas possam contagiar outras e no fim a gente possa fazer a diferença.

Cultura livre para muitos é uma forma disfarçada de incentivo a pirataria, como você analisa essa questão?
R. É complicado realmente e muito polêmico este assunto, mas eu sou de opinião que tem que haver sempre um bom senso em tudo o que fazemos. No meu caso, por exemplo, eu faço isto porque acredito que se não fosse desta forma ninguém iria conhecer e/ou reconhecer o trabalho de toda essa gente que nós divulgamos no Blog, mas sou contra, por exemplo, você tirar vantagem financeira deste tipo de trabalho sem o devido reconhecimento ao autor da obra. Por isso, muito do material que divulgo eu tenho o original em casa. Se não tenho foi porque não encontrei, ou porque o preço exigido foi muito além do que eu avaliei como justo. Acho que o mercado de discos está a meu ver inflacionado principalmente porque tem poucas pessoas querendo ganhar muito dinheiro à custa de muita gente (nós consumidores no caso), e também porque não ligam para a arte propriamente dita, mas sim para o consumismo imediato agravado pelo contexto do que citei acima a respeito da pasteurização, já que tudo chega pronto, fácil para o consumidor e este não quer perder tempo pensando, questionando se é bom ou ruim. Apenas consome por necessidade... Por isso bato na tecla de que quem pensa tem que por vezes forçar uma situação para obrigar outras pessoas a conhecer outra situação longe da mesmice e do imediatismo. Esta é a nossa importância real, fazer as pessoas pensarem e então tentar mudar o Status Quo capitalista que se instalou no mundo.

Quais são suas bandas preferidas? Gostaríamos que você escolhesse um disco e mandasse um link e a resenha para ser postado junto a essa entrevista.

R.- Eu poderia enumerar um monte delas aqui, o que não é o caso, mas minha paixão mesmo é por Rock dos anos 70 (desde o Hard Rock até Progressivo, Folk, enfim, tudo o que seja de bom gosto). Para este evento escolhi uma Banda que tem muito a ver comigo e com o seu Blog, o KISS, e um disco que a meu ver se tornou a redenção da banda após um período de muitos problemas internos e de falta de qualidade musical. Este projeto "Psycho Circus" envolveu muito mais que o CD, pois na época eles tinham acabado de se reunir com a formação original e lançaram os quadrinhos (muito bons por sinal e que eu tenho também) e mais uma série de outros eventos e produtos que proporcionaram à banda ficar em paz novamente com o seu fiel público. Houve muita especulação em torno do disco, principalmente envolvendo Peter Criss e Ace Frehley, ambos com problemas de alcoolismo, drogas e de relacionamento com Gene e Paul por acertos financeiros, etc. Fato é que os créditos foram para eles, mas na realidade Peter Criss só participou de uma faixa: "Into the Void" e Frehley de tres: "Psycho Circus", "Into the Void" e "You Wanted the Best". Quem na realidade tocou nas outras faixas foram Bruce Kullic (Lead Guitar em "Within"), Tommy Thayer (Lead guitar nas outras músicas) e Kevin Valentine (drums nas outras músicas). O Link é: http://sharebee.com/0cad3bf1.


Qual disco você colocaria no altar do rock´n´roll?



R. Três discos que admiro muito mesmo são "The Dark Side of The Moon" (Pink Floyd), "Fly By Night" (Rush) e Led Zeppelin IV. Estes, com certeza estão no "Top Ten." da minha lista. Mas existem dezenas de Discos e conjuntos os quais tenho profunda admiração e seria muito difícil falar de uns deixando outros de lado.


Se você pudesse que montar uma banda hipotética, qual seria a formação que você gostaria de ver atuando em um show?
R. Esta é fácil: Fred Mercury - Lead Vocals, Jimmy Hendrix and Jimmy Page - Guitars, Jack Bruce - Bass e Neil Peart - Drums.Não sei se esta formação iria funcionar como conjunto, mas que individualmente são ótimos, com certeza são!

Em 1983, você foi no Kiss, inclusive relatou sua experiência no Atitude Underground. Qual é em sua opinião a principal diferença entre aquele momento underground e o atual?
No Brasil eu considero que naquela época tínhamos um delicado momento de transição para a democracia e tudo estava meio confuso e ainda sem um rumo definido. As pessoas estavam como que tentando se encaixar, se situar no contexto e esta situação fazia com que muitas pessoas se escondessem num estereótipo e se recusavam a sair dele com receio de serem mal interpretados ou acarretarem reações negativas, enfim, a maioria não queria verdadeiramente se expor e isto acabou criando um individualismo nocivo em todos os níveis da sociedade. Hoje os parâmetros são outros, as estruturas são outras, porém o casulo ainda persiste, na minha opinião. A pessoa ainda tem medo, não pelos mesmos motivos daquela época, mas porque são vítimas dos motivos daquela época. A diferença é que hoje já podemos nos expressar melhor e mais livremente, mas ainda temos medo de fazê-lo.


Percebemos que existe uma união muito grande entre a equipe do SERES DA NOITE, vocês já pensaram em expandir essa união realizando um encontro de blogueiros?
R. Esta "sintonia mental" no Seres da Noite existe e é transcendental, pois o Miguel ainda não conheço sequer por telefone (apenas por E-Mail), o Celso eu conheci quando visitei meus irmãos em Brasília no ano passado e o Cesar fiquei conhecendo pessoalmente apenas há duas semanas quando fiquei dois dias hospedado em sua casa, mas são pessoas que me passam a sensação de eu já tê-las conhecido desde pequeno, tamanha a empatia, a afinidade e a equalidade de pensamento que temos. Isto ajuda muito para que o Blog faça sucesso já que passamos confiança, sinceridade e clareza de opinião e todos passam a respeitar isto. Quanto à reunião sim, isto tem sido um constante pensamento de todos, mas esbarra na disparidade de localização dos Blogueiros, pois o nosso Brasil é imenso e ficaria muito difícil coincidir as agendas de todos em um único dia e local. Mas ainda estamos pensando no assunto e enquanto isto a gente se reúne de vez em quando, normalmente no Rio de Janeiro onde mora a maioria...
Quais shows você assistiu nos últimos tempos?
R.Não tenho ido a shows ultimamente por problemas de tempo e algumas prioridades financeiras que não me permitiram ter este tipo de extravagância. O último que assisti se não me engano foi também do Kiss no autódromo de Interlagos em São Paulo em abril de 1999 (foi meu presente de aniversário daquele ano).
Tem saudade da época do vinil? Sinceramente: qual tem a melhor qualidade - vinil ou cd?
R. O CD eu acho mais prático (melhor ainda o mp3), mas em termos de qualidade e realidade sonora nada ainda supera o Vinil. Acho que o Vinil traduz mais a realidade da onda sonora, mas tem a dificuldade de armazenagem e do material utilizado.

Das bandas que surgiram nos últimos tempos alguma lhe fez dizer: O ROCK ESTÁ VIVO!!!

R. Com certeza sim e isto está evidente na minha última postagem no Seres. A banda Black Bônus, por exemplo, é uma clara alusão de que ainda há esperança e que o Rock está mais vivo que nunca. Bandas como Nightwish, The Ladder, The Lizzards, Steel Train e The Recounters também podem ser citados como exemplos de que a "molecada" está um pouco mais "antenada" e procurando fazer música com qualidade e não apenas para consumo imediato.




Todo roqueiro tem histórias engraçadas para contar. Você teria alguma que pudesse partilhar com a galera?
R. Certamente tenho muitas histórias hilárias que aconteceram (e outras nem tanto), mas cito algumas curiosidades que muitos roqueiros, principalmente os próximos da minha idade, já passaram:Como já disse eu ouvia muito rádio desde criança, pois minha mãe gostava de música, mas ela queria sempre ouvir uma rádio diferente da minha e o rádio ficava na sala. Quando ela ia para o quintal estender roupa ou ia para a cozinha fazer almoço eu ia discretamente lá e mudava de estação. Ela voltava, passava pela sala e ia para o quarto e eu fazendo tarefa, quieto. Ela voltava do quarto e me dava uma bronca enorme, pois eu tinha mudado de estação (detalhe: ela nem percebeu quando foi para o quarto). Mal ela saia para a cozinha eu ia lá e mudava de novo e assim ficávamos até eu ter que almoçar e ir para a escola.Quando ganhei minha primeira eletrola, fiquei radiante! Éramos pobres e meu pai aproveitou uma oferta na "Eletroradiobrás" (lembram?) e comprou uma Phillips, cujas caixas de som eram a própria tampa (de plástico) que fechava a eletrola e pasmem era na cor "abóbora radiante" (horrível, diga-se de passagem, mas eu estava muito feliz com ela), só que meus pais não me deixavam ouvir meus discos (que eu ganhava nas gincanas e promoções das rádios - daí eu ficar atento às minhas rádios favoritas) e os que eu pedia emprestado de meu primo, porque eram muito "barulhentos". Então eu ficava no meu quarto trancado, sentado no chão perto da tomada onde estava ligada a eletrola com as duas caixas pressionadas aos ouvidos até sangrar para poder extrair o máximo de som que eu pudesse daquela maravilha que era o Rock'n' Roll e quantas vezes eu perdi a hora de ir à escola (e levei surra por causa disso) porque não ouvia minha mãe chamar...


Para finalizar uma pergunta clássica do ATITUDE FANZINE: DEUS SALVA E O ROCK ALIVIA? Após responder a essa questão filosófica, fique a vontade para falar sobre o que desejar e deixar uma mensagem para todos os que freqüentam o atitude fanzine. Um grande abraço e continue com esse trabalho fantástico no SERES DA NOITE.

R. Eu acho que este Ser, esta Entidade Maior a que convencionamos chamar de Deus está realmente acima de tudo e o Rock em sua essência maior nos ajuda a passar por esta vida com mais clareza de visão (na tradução macro da palavra), com a sensação de estar vivo, com a plena capacidade de que podemos ser algo e nos divertir muito com isto e que a arte é necessária para o crescimento do ser humano e sua constante evolução.Só tenho a agradecer a oportunidade de mostrar quem eu sou e tentar passar um pouco das minhas experiências de vida, e ser útil de alguma forma para quem puder ler e utilizar estas palavras para coisas boas, pois o nosso sofrido mundo carece de pessoas que produzem o bem e a paz. Tenham certeza que nosso trabalho é sério e estamos sempre tentando fazer o melhor e transmitir apenas coisas boas. Long Live to Rock'n'Roll!
VALEU JOSÉ RENATO, FOI UM PRAZER PODER PARTLHAR COM A GALERA ATITUDE UM POUCO DE SUA HISTÓRIA. NÓS SOMOS OS VERDADEIROS CONSTRUTORES DO MUNDO ROCK, ALGUNS FICAM NO TOPO, COMO ESTRELAS, MAS QUEM SUSTENA ESTÁ AQUI NO MUNDO REAL E NÓS FELIZMENTE FAZEMOS PARTE DESSE MUNDO.

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