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RADIO A FERRO E FOGO

domingo, 3 de julho de 2011

QUERO LER A OPINIÃO DOS AMIGOS DESSE BLOG

NÃO CONCORDAR E NÃO DEFENDER ALGO É PRECONCEITO?


VOCÊ PODE SER PUNIDO POR NÃO PACTUAR COM ALGO QUE FERE SUA MORAL?

EXISTE LIMITE PARA A TOLERÂNCIA?

Um comentário:

  1. Saudações.
    Pode ser coincidência mas essa questão sobre "defender", "concordar" ou discordar" veio à mim recentemente, nestes dias cheios de "parada-disso", "passeata-daquilo", "marcha-daquilo-outro".

    Voltaire escreveu que morreria pelo direito à opinião mesmo que essa tal opinião fosse contrária à sua própria maneira de ver o mundo.
    Acredito nele.

    Durante muito tempo debrucei-me sobre o que achava ser certo e porque achava que era certo. Isso tornou-me o que sou, formou minhas opiniões e minhas convicções, rendeu-me argumentos, exemplos. Forjou meu caráter, enfim.

    Diversas vezes tentei dissuadir - sempre na base da argumentação e do exemplo - opositores e antagonistas do campo das idéias a quem considerava estar fazendo um grande favor alertando-os do que eu julgava ser seus "erros", "distorções", "canalhices".

    Idealismo? Talvez.
    Creio eu que o que define esse comportamento é a crença de mudar o mundo aliada aos hormônios naturais da juventude.

    Hoje não faço mais isso.
    Tento aprender com posições contrárias às minhas, tento entender como elas são formuladas, de onde vêm e a que se destinam, tento extrair delas o máximo para que possa descartá-la em definitivo ou, se necessário,rever minhas próprias considerações.

    Passado o tempo creio ter feito corretamente a minha parte. Adquiri conhecimento pra saber qual o meu papel na sociedade, o que esperam de mim e o que EU espero de mim. Formulei minha própria teoria sobre o sentido da vida baseada no princípio de ouro do "fazer ao próximo aquilo que gostaria que fizessem pra mim". Tentei compartilhar ao máximo o que aprendi com amigos e até desafetos - a quem, devo admitir, devo boa parte do meu aperfeiçoamento humano já que tive que andar sempre um passo à frente de onde pensavam que eu estaria.
    Porém, uma verdade se fez clara para mim:
    as mudanças começam de dentro pra fora e um povo preocupado em sobreviver não pode planejar seu futuro. Lição deveras antiga (já que dizem que as sociedades começaram quando os homens pré-históricos deixaram de ser nômades e se estabeleceram em cavernas) mas que passa-nos dispercebida em nossos dias atribulados em que uma carreira profissional, o acúmulo de bens e capital e a febre da autopromoção viraram nosso alimento, nossa água, nosso abrigo.

    Fiz ou farei a diferença nesse mundo?
    Não sei. Acho que não.

    Talvez tenha conseguido o mínimo do mínimo.

    Talvez tenha conseguido apenas fazer com que algum debatedor, ao longo do meu caminho, tenha somente prestado atenção ao que eu disse e pensado a esse respeito.

    Talvez ele até não tenha se convencido do que eu disse mas, por um breve momento, interagi com ele de uma das formas mais intensas e poderosas já experimentadas pelos homens: através das idéias.

    Enfim, venci!

    Sobre preconceito.
    Preconceito, pra mim, é julgar.
    Não sou juiz.
    Não acredito nos juízes muito menos em isenção.
    Não há melhor - nem maior - justiça do que a minstrada pela consciência, pela convicção de ter tentado fazer o certo, o melhor.
    A cada um cabe seu próprio julgamento.

    Excelente postagem, como sempre.
    Abraço.

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