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sexta-feira, 20 de março de 2009

MALATESTA - A ANARQUIA É A ABOLIÇÃO DO ROUBO E DA OPRESSÃO




Errico Malatesta
1853 - 1932

A anarquia é a abolição do roubo e da opressão do homem pelo homem, quer dizer, a abolição da propriedade individual e do governo; a anarquia é a destruição da miséria, da superstição e do ódio. Portanto, cada golpe desferido nas instituições da propriedade individual e do governo, é um passo rumo à anarquia, assim como cada mentira desvelada, cada parcela de atividade humana subtraída ao controle da autoridade, cada esforço tendendo a elevar a consciência popular e a aumentar o espírito de solidariedade e de iniciativa, assim como a igualar as condições.
Errico Malatesta in "Rumo à Anarquia"
Nasceu em 14 de dezembro de 1853 na cidade de Santa Maria de Capua Vetere, província de Caserta, Itália e morreu em 22 de julho de 1932.
Iniciou sua atividade política aos 14 anos, escrevendo uma carta de protesto ao rei Vittorio Emmanuele II, tendo, por este motivo, sido preso em 25 de março de 1868. Em 1870, liderou uma manifestação, tendo sido novamente preso e suspenso por um ano do curso de medicina da Universidade de Nápoles.
Em 1871 filiou-se à Associação Internacional dos Trabalhadores, posteriormente abandonou o curso de medicina e passou a colaborar nas publicações L'Ordine e La Campana de Nápoles.
Em 1872 trava conhecimento com Bakunin, que vem a exercer grande influência sobre Malatesta, que considerava-o "O grande revolucionário, aquele a quem todos nós vemos como nosso pai espiritual".
Por causa de suas opiniões políticas esteve exilado por longos períodos em vários países da Europa, na Argentina e nos Estados Unidos. Ao todo, passou apenas metade de sua vida no seu país de origem. Durante a primeira guerra ele argumentou vigorosamente que os anarquistas não deveriam se alinhar às forças imperialistas. Em 1919 retornou à Itália, aonde fundou o primeiro jornal diário anarquista: "Umanità Nova". Após a chegada dos fascistas ao poder, Malatesta mesmo assim continuou, com dificuldades a editar o jornal "Pensiero e Volontà", até 1926, quando os jornais independentes foram fechados. Malatesta passou os últimos cinco anos de vida em prisão domiciliar.

Actualmente estão disponíveis em Português as seguintes obras:
1892
Um Pouco de Teoria

1897
A Organização das Massas Operárias Contra o Governo e os Patrões

1897 – julho
A Organização I

1897 – julho
A Organização II

1899
O Objetivo dos Anarquistas

1904 – novembro
Os Anarquistas e o Sentimento Moral

1905 – outubro
O Congresso de Amsterdã

1910
Rumo à Anarquia

1911 – março
Capitalistas e Ladrões

1922 – abril
Sindicalismo e Anarquismo

1922 – junho
A Greve Geral

1924 – abril
Em Torno de "Nosso Anarquismo

1926 – julho
Mikhail Bakunin

1927
Anarquia e Organização

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ASSIM FALAVA MALATESTA
' organização outra coisa não é senão a prática da cooperação e da solidariedade, é a condição natural, necessária, da vida social, é um fato inelutável que se impõe a todos, tanto na sociedade humana em geral quanto em todo grupo de pessoas que tenha um objetivo comum a alcançar.
O homem não quer e não pode viver isolado, não pode sequer tornar-se verdadeiramente homem e satisfazer suas necessidades materiais e morais senão em sociedade e com a cooperação de seus semelhantes. É, portanto, fatal que todos aqueles que não se organizam livremente, seja por não poderem, seja por não sentirem a imperativa necessidade, tenham de suportar a organização estabelecida por outros indivíduos ordinariamente constituídos em classes ou grupos dirigentes, com o objetivo de explorar em sua própria vantagem o trabalho alheio.
A opressão milenar das massas por um pequeno número de privilegiados sempre foi a conseqüência da incapacidade da maioria dos indivíduos em se entender, em se organizar sobre a base da comunidade de interesses e de sentimentos com outros trabalhadores para produzir, para usufruir e para, eventualmente, defender-se dos exploradores e opressores. O anarquismo vem remediar este estado de coisas com seu princípio fundamental de livre organização, criada e mantida pela livre vontade dos associados sem nenhuma espécie de autoridade, isto é, sem que nenhum indivíduo tenha o direito de impor aos outros sua própria vontade. É natural, portanto, que os anarquistas procurem aplicar à sua vida privada e à vida de seu partido este mesmo princípio sobre o qual, segundo eles, deveria estar fundamentada toda a sociedade humana'

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