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RADIO A FERRO E FOGO

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PONTO DE VISTA - CRÍTICA AO SOFTWARE LIVRE - ALGUÉM CONCORDA?? EU NÃO MAS: posso não concordar com uma palavra do que você diz mas defenderei ......

ATÉ O ÚLTIMO MOMENTO SEU DIREITO DE DIZÊ-LA (VOLTAIRE)

O TEXTO ABAIXO ENVIADO PELO HELLRAISER GERA UM BOM DEBATE... DEIXE SUA OPINIÃO A RESPEITO.

O SOFTWARE LIVRE NUNCA DARÁ CERTO: SAIBA O PORQUÊ(por Gravataí Merengue)
Não, nunca dará. Como hoje e ontem, no máximo usarão aqui e ali. Mas NUNCA haverá supremacia, NUNCA será o padrão de ninguém e isso - vejam só! - não tem tanto a ver com a qualidade (embora ainda sejam em sua maioria bem ruins, chatos e de uso complexo). Vejamos...PrincípiosSoftware Livre é aquele cujo código-fonte é aberto, para modificações por quem bem entender. Seu antípoda é o chamado "software proprietário", cujo código não permite essa funcionalidade. Tudo visto assim, parece simples: um é "bom", outro é "mau".Mas não é bem assim. Como toda e qualquer empresa de toda e qualquer categoria do nosso glorioso Planeta Terra, as empresas de software protegem seus direitos. Em alguns casos, como no DIREITO À VIDA, há regras universais que permitem a relativização das proteções empresariais (vejam o caso dos genéricos, da indústria farmacêutica etc.).De todo modo, músicos (gravadoras/produtoras), escritores (editoras), roteiristas (cinema e TV), e até quem cria receitas para a indústria de alimentícios ou de bebidas e assim por diante. O leque de criadores é praticamente infinito e é fundamental que haja: a) lei protegendo o direito à obra criada, bem como à exploração financeira daquilo que se criou; b) estímulo econômico para que mais gente crie, fomentando o mercado.Os defensores do SL acreditam que isso torna o mercado estagnado. A história do mundo prova o inverso: a competição acerca de quem elabora o produto mais eficiente, melhorando as características do outro, faz com que todo e qualquer mercado técnico evolua. E ela deve vir sempre associada à livre-concorrência e outros pormenores.Toda a ciência ocidental - inclusive aquela que permitiu a idéia do Software Livre - é constituída de idéias de superação e competição criativa (que não tem nada a ver com luta fratricida ou algo assim). A suposta colaboração (que é um eufemismo para esconder a idéia de estagnação a longo prazo) simplesmente tranca o conhecimento humano - em vez de supostamente difundi-lo.O que realmente impulsiona a humanidade a um trabalho dedicado não é APENAS a vocação, mas também a idéia de recompensa; e essa idéia é obviamente material (afinal, a satisfação pessoal já consta do princípio da vocação). Quando se tira boa parte da recompensa, retira-se automaticamente um dos maiores estímulos.E aí entra um problema grave: a indústria de "software proprietário" CONTINUA ativa. E ela CONTINUA comprando boas idéias de bons desenvolvedores. As opções são: satisfazer a vocação e não ganhar nada ou satisfazer a vocação e ganhar milhões. Adivinha o que a grande maioria dos adolescentes escolhe? Pois é.Essa conclusão nos leva ao tópico a seguir.Feminismo Caricato e Software Livre: Um ParaleloHá um feminismo caricato, minoritário no movimento feminista, que é refutado e rechaçado por boa parte das militantes. Ele consiste num ódio aos homens, mas um ódio tão doentio que praticamente tende a nos eliminar do mundo. Claro, esse grupo é exíguo e não é levado a sério pela esmagadora maioria das feministas.No Software Livre, porém, o grupo dos que adorariam ACABAR DE UMA VEZ POR TODAS COM O SOFTWARE PROPRIETÁRIO não é uma minoria. Não, eles não são minoritários. E isso decorre muito da conclusão do tópico anterior, pois sabem que a luta é desigual. Porque também sabem que seu modelo é a expressão inequívoca da falência lógica perto do outro.Qual a solução? Ora, elimina-se o inimigo. Claro que não há a menor possibilidade disso acontecer, mas revela muito do traço "democrático" dos que debatem esse tema. Experimente dizer que você usa Windows - não precisa nem falar que é melhor ou dizer que é para mais alguém usar. Diga apenas que VOCÊ usa, e já receberá xingamentos.Quando alguém diz que usa Linux, o máximo que recebe é um sorriso do tipo "ok, você é quem sabe". E pronto.SL: Direita e EsquerdaUma vez, dando entrevista sobre música "engajada", Caetano Veloso fez uma brincadeira sobre Baden Powell e isso virou uma piada corriqueira, pelo menos no meio musical: - Os acordes de Baden são de direita ou de esquerda?A idéia é simples, e serve para ridicularizar quem ideologiza tudo. Há coisas que são TÉCNICAS, não se prestam para entrar na dicotomia tosca e burra que assola nosso país idem. O mesmo aconteceu com os transgênicos, que são um tema eminentemente técnico, mas cujo combate coube a sindicatos historicamente filiados "às esquerdas" e o resto, como sabem, é história.O raciocínio para "esquerdizar" o SL tem a profundidade de um pires, que é a mesma daquela dos sociólogos que em geral se tornam seus paladinos: "o código aberto não fomenta a ganância dos mercados e serve para partilhar o conhecimento, sem fazer prevalecer o capital". Ok. Pausa para o Hino Nacional cantado por Fafá de Belém e todos abraçando árvores.Agora, vamos falar sério. O software que "move capital" é aquele que recolhe mais tributos (ou seja, abastece o Estado!), gera mais empregos (ou seja, garante maior inclusão e distribui renda diretamente!) e jorra dinheiro no mercado por meio de sua venda e da venda de seus royalties.Além disso, há o INVESTIMENTO. Por mais que as empresas de softwares comprem muitos aplicativos de uma vez (gastando fortunas em royalties), há casos e casos e casos daquelas que INVESTEM em desenvolvimento - gerando empregos, distribuindo renda, recolhendo tributos... Ser contra isso é ser "de esquerda"? O legal é não ter isso? Ok...Claro que eles não fazem a explanação completa, e nem é porque são efetivamente tão burros, mas preferem esconder isso em razão do chute no castelinho de areia em que consiste seu raciocínio esquerdopático originário.SL x Software GratuitoComo alguns já se armaram nos parágrafos anteriores, sugiro guardarem a faquinha de manteiga ideológica. Eu sei que Software Livre não implica necessariamente na gratuidade, mas sim na funcionalidade da abertura do código-fonte. Mas é FATO que a grande maioria dos SLs são gratuitos, sim; e o fato de ter o código aberto permite a alguém modificá-lo sem vendê-lo.Além disso, o grande dinheiro proveniente dos royalties não entram nessas transações e eles TAMBÉM são tributados (vão para o Estado) e entram na economia de um jeito ou de outro.O empobrecimento de uma categoria, em suma, sempre repercute negativamente no mercado. Isso é de uma obviedade que chega a ser dolorosa. Os desenvolvedores que poderiam ganhar milhões, mas ganham zero ou vinte reais, não ficam apenas eles próprios mais pobres, mas ferram com todo o mercado. E isso nos leva ao tópico seguinte.Uma Coisa é Uma Coisa...Sim, a regra de ouro! Ela TAMBÉM vale para o SL. Como vocês sabem, trabalhei na Secretaria de Comunicação da Gestão Marta e, vejam que coisa!, estava lá quando Richard Stallmann (o "pai" do Software Livre) foi chamado para dar palestras aqui em São Paulo.Foi reservado hotel para ele mas, juro!, ele quis dormir NO CHÃO DA CASA DE UM CARA. Sem brincadeira. Ele não queria o luxo de um hotel (e não era hotel de luxo!). É esse tipo de vida que ele PREGA E VIVE. Ele realmente é assim.Agora, e os que defendem as idéias de Stallmann?Eles dormem nos chãos por aí? E quando eles viajam para o Canadá, Barcelona e afins? Será que pregam a pobreza coletiva dos desenvolvedores de softwares, para que deixem de receber milhões de royalties vivendo apenas da manutenção de PCs? Pois é...Falar é tão fácil. É realmente uma moleza pintar o Bill Gates como um demônio para um adolescente brilhante, tentando fazer com que ele desista de ganhar milhões para supostamente abalar a Microsoft. Mas, quando se trata dos próprios luxos, aí é outra coisa.Bill x SteveE agora o pessoal do SL tem um problema pela frente, e dos graves. Antes, o Darth Vader era Bill Gates, mas agora surge um novo problema no horizonte. Parece que a coisa está ficando feia para o lado de Steve Jobs. Perto deste, Gates é um sujeito até que bonitinho.Isso porque as plataformas da Apple são de segurança máxima, tanto as de software quanto de hardware! Isso mesmo: NÃO PODE NEM MEXER NO EQUIPAMENTO QUE DÁ UMA TRETA SARRACENA. Jajá, surge o movimento Hardware Livre!Pra piorar, a loja de aplicativos do iPhone tem feito novos milionários, alguns bem jovens, o que OBVIAMENTE motiva muitos outros a programar e, assim, também ganhar seus milhões (e isso é ótimo!). Imaginem a ira da turma da abnegação financeira...Pois é, pois é. Aguardem, meu caros. Bill Gates é coisa do passado. A moda agora é Steve Jobs ser verbalmente linchado.EnfimNão briguem comigo. Escolham uma ponta de faca e a esmurrem à vontade, mas por favor não briguem comigo. A menos que encontrem alguma falha factual no que eu disse, claro. Em caso contrário, por favor, dispenso brigas.

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