CHEGOU O CARNAVAL!!
O POVO FICA EM FESTA. A IDÉIA É QUE NESSE MOMENTO O POVO PODE TUDO E QUE AS REGRAS SÃO TEMPORARIAMENTE ESQUECIDAS.
NA VERDADE O CARNAVAL TEM UM FUNDAMENTO IDEOLÓGICO LIGADO A POLÍTICA DO PÃO E CIRCO.
Todos os anos os brasileiros comemoram o carnaval, uma festa popular que mistura música, fantasia e muita alegria. Esse é um momento em que as pessoas se soltam e buscam a felicidade nos dias de folia.Mas o que há de fato por trás do carnaval? Muitos criticam a festa pelo seu caráter alienante de esquecer as dificuldades do dia-a-dia. O próprio compositor Gonzaguinha fez uma crítica a esse tipo de postura com a música Comportamento Geral. (Você deve lutar pela xepa da feira; e dizer que está recompensado…) (Você merece, você merece; Tudo vai bem, tudo legal; Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé; Se acabarem com teu Carnaval?).Os imperadores romanos administravam as massas com o modelo “pão e circo”, que oferecia o mínimo necessário para a sobrevivência, no caso representado como o pão, e o entretenimento para acalmar as massas, “circo”. Quando as massas não estão passando fome e possuem algum tipo de distração ou entretenimento, teoricamente não se preocupam em lutar por mudanças ou pela própria melhoria de vida. Elas se acomodam e vivem num estado de “hibernação” e vivência passiva. A comparação deste modelo empregado na Roma antiga com os dias atuais não é difícil de fazer, e o carnaval se encaixa claramente como “circo” e sua passividade e falta de compromisso com a sua própria melhoria.
PARTICIPE DESSA DISCUSSÃO:
ARTIGO DE OPINIÃO
O primeiro imperador romano, Otávio Augusto, governou de 27 a.C. a 14 d.C. Entre as principais medidas tomadas em sua ditadura está à política do pão e circo. Distribuía gratuitamente trigo para os pobres e organizava espetáculos públicos de circo. Com tais iniciativas, se tornou bastante popular e teve apoio massivo da população romana. Entretanto, nunca foi um homem democrático. Limitou o poder do Senado e matou seus inimigos. Fez o império prosperar, mas com grandes sacrifícios.
O carnaval de hoje não fica longe da realidade de Otávio Augusto. Sendo o soberano do governo, patrocinou a festança do povo. Os governos atuais, principalmente no Brasil, também patrocinam a farra dos eleitores. Todos os carnavais recebem incentivos e verba de leis que classificam o carnaval como “cultura”. Sendo “cultura”, pode ser financiado com dinheiro público. Enquanto o povo brinca, pula, come a vontade, não percebe o que está por detrás dos panos.
Enquanto se preenche o “tempo livre” com pão e circo, ninguém irá preparar uma revolução para contestar os mandos e desmandos da política. E isso corresponde o sucesso dos carnavais, ano após ano. Todos discutindo a melhor fantasia, o melhor samba-enredo e escolas. Os olhares do Brasil se voltam para as avenidas e sambódromos do Rio e São Paulo. Só o carnaval de Brasília não se tem notícias.
Nem todo mundo pode ter um carnaval feliz. Alguns morrem, outros ficam feridos, outros cheios de seqüelas. A fasta que era de todos acaba se tornando festa de poucos. Abusam do álcool e da direção. Todos se transformam, mudam de face. O carnaval virou recipiente de degenerados. Quem vai pensar em política numa hora dessas?
Então, carnaval é o melhor negócio para entreter o povo. Para fazer o povo esquecer que tem um país abandonado e sem iniciativa. Muito mais rentável, pois nele tudo se paga. E a procura é grande. Se Otávio Augusto tivesse a mesma ousadia dos marqueteiros modernos, ele saberia explorar muito mais o potencial do pão e circo como acontece agora. Ele não precisaria distribuir gratuitamente à população. Bastava uma boa propaganda para encher os cofrinhos do império. Todo mundo estaria feliz e não encontraria tempo para criticar o seu governo.
O primeiro imperador romano, Otávio Augusto, governou de 27 a.C. a 14 d.C. Entre as principais medidas tomadas em sua ditadura está à política do pão e circo. Distribuía gratuitamente trigo para os pobres e organizava espetáculos públicos de circo. Com tais iniciativas, se tornou bastante popular e teve apoio massivo da população romana. Entretanto, nunca foi um homem democrático. Limitou o poder do Senado e matou seus inimigos. Fez o império prosperar, mas com grandes sacrifícios.
O carnaval de hoje não fica longe da realidade de Otávio Augusto. Sendo o soberano do governo, patrocinou a festança do povo. Os governos atuais, principalmente no Brasil, também patrocinam a farra dos eleitores. Todos os carnavais recebem incentivos e verba de leis que classificam o carnaval como “cultura”. Sendo “cultura”, pode ser financiado com dinheiro público. Enquanto o povo brinca, pula, come a vontade, não percebe o que está por detrás dos panos.
Enquanto se preenche o “tempo livre” com pão e circo, ninguém irá preparar uma revolução para contestar os mandos e desmandos da política. E isso corresponde o sucesso dos carnavais, ano após ano. Todos discutindo a melhor fantasia, o melhor samba-enredo e escolas. Os olhares do Brasil se voltam para as avenidas e sambódromos do Rio e São Paulo. Só o carnaval de Brasília não se tem notícias.
Nem todo mundo pode ter um carnaval feliz. Alguns morrem, outros ficam feridos, outros cheios de seqüelas. A fasta que era de todos acaba se tornando festa de poucos. Abusam do álcool e da direção. Todos se transformam, mudam de face. O carnaval virou recipiente de degenerados. Quem vai pensar em política numa hora dessas?
Então, carnaval é o melhor negócio para entreter o povo. Para fazer o povo esquecer que tem um país abandonado e sem iniciativa. Muito mais rentável, pois nele tudo se paga. E a procura é grande. Se Otávio Augusto tivesse a mesma ousadia dos marqueteiros modernos, ele saberia explorar muito mais o potencial do pão e circo como acontece agora. Ele não precisaria distribuir gratuitamente à população. Bastava uma boa propaganda para encher os cofrinhos do império. Todo mundo estaria feliz e não encontraria tempo para criticar o seu governo.
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